Tumores dos tecidos moles

LIPOMA

20:09


O que é?
É um tumor benigno de gordura. Embora represente um processo patológico mais comum, muitos casos ocorrem no tronco e nas porções proximais das extremidades. A origem é incerta, mas os mesmos tendem a aparecer em indivíduos obesos. Ainda não se sabe a origem dos lipomas, como há uma leve tendência familiar para este tumor, imagina-se que existe um forte componente genético na sua formação.
Sintomas
O lipoma é um tumor assintomático, ou seja, a partir da palpação já se consegue identificá-lo sendo percebido geralmente muitos meses ou até anos antes do diagnóstico. Muitos possuem tamanhos entre 1cm a 3 cm, mas ocasionalmente podem tornar-se maiores, e também é detectada pela diferença na coloração do local tendo como base a cor amarela ou até mesmo se o mesmo for profundo a cor rosa.
Tratamento.
Os lipomas são tratados pela extração do local conservado, tendo reincidências raras, já os lipomas intramusculares têm mais chances de reincidência devido ao seu crescimento por meio de infiltrações, porém essa variante é rara na região oral.

REFERÊNCIA

NEVILLE B. W. et al. Patologia Oral e maxilofacial 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.     

Tumores odontogênicos

ODONTOMA

19:57


O que é?
São os tipos mais comuns de tumores odontogênicos. Os odontomas são considerados como anomalias do desenvolvimento, em vez de neoplasias verdadeiras. Quando totalmente desenvolvidos, os odontomas consistem principalmente em esmalte e dentina, com quantidades variáveis de polpa e cemento. São subdivididos em tipo composto e tipo complexo. O odontoma composto é formado por múltiplas estruturas pequenas, semelhantes a dentes. O odontoma complexo consiste em uma massa conglomerada de esmalte e dentina, que não exibe semelhança anatômica com um dente.
Sintomas
                A maioria dessas lesões é completamente assintomática, sendo descobertas durante o exame radiográfico de rotina ou quando são realizadas radiografias para determinar o motivo pelo qual um dente ainda não erupcionou.
Tratamento

Os odontomas são tratados por incisão local simples e o prognóstico é excelente.

REFERÊNCIA:
NEVILLE B. W. et al. Patologia Oral e maxilofacial 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009     

Cistos odontogênicos

CISTO DE ERUPÇÃO

19:51


O que é?
O cisto de erupção surge como um aumento de volume de consistência mole, frequentemente translúcido, na mucosa gengival que recobre a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção. A maioria dos exemplos é observada em crianças com menos de 10 anos de idade.  
Causas
Provavelmente, os cistos se desenvolvem devido a deposição de colágeno no tecido conjuntivo gengival, o que resultou em um teto pericoronário (tecido mole que recobre a coroa do dente) mais espesso e menos penetrável.
Sintomas
O trauma em sua superfície pode resultar em uma quantidade considerável de sangue, o que concede uma cor azul a marrom-arroxeada ao cisto. O aumento do volume gengival pode provocar dor, febre, diarreias, falta de apetite.
Tratamento
Pode não haver necessidade de tratamento porque o cisto geralmente se rompe espontaneamente, permitindo a erupção do dente. Se isso não ocorrer, então a simples excisão do teto do cisto permite a erupção do dente.

REFERÊNCIA: NEVILLE B. W. et al. Patologia Oral e maxilofacial 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 .

Tumores dos tecidos moles

NEUROFIBROMA E NEUROMA TRAUMÁTICO

19:47


NEUROFIBROMA

O neurofibroma é um crescimento celular (tumor neoplásia) que atinge o nervo trigêmeo (nervo craniano). Os neurofibromas podem se apresentar como tumores solitários, estes são mais comuns em adultos jovens e são indolores, amolecidas e de crescimento lento, que variam em tamanho, de pequenos nódulos a grandes tumores, com aumentos de volume. A pele é a localização mais comum, mas pode atingir a cavidade oral. Sendo atingida, a língua e a mucosa jugal são os locais intraorais mais comuns.


NEUROMA TRAUMÁTICO

O neuroma traumático é um crescimento de células para corrigir um dano ou injúria de um nervo, não é necessariamente uma neoplasia. Se este reparo for em um tecido cicatricial, ou não podem restabelecer a inervação irrompida, ocorre um aumento de volume semelhante a tumor pode se desenvolver no local da lesão.
Características:
·         Não é ulcerativa
·         Superfície lisa
·         Comumente dolorosa
·         Pode levar a anestesia ou disestesia

Procure um cirurgião dentista, para melhor diagnóstico, e tratamento, a excisão cirúrgica.
REFERÊNCIA:

NEVILLE, B. W. et al.  Patologia Oral e Maxilo Facial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

Tumores dos tecidos moles

HIPERPLASIA PAPILAR INFLAMATÓRIA

18:33


É um crescimento tecidual que ocorre devido um irritante no qual geralmente se desenvolve abaixa da dentadura. Sua patogênese exata é desconhecida, porém a condição mais frequentemente parece estar relacionada a prótese removível mal-adaptada, má higiene da prótese removível e uso da prótese removível 24 horas por dia
Características clínicas: Essa patologia acomete usualmente o
palato duro abaixo da base da dentadura e casos avançados podem acometam toda
a superfície do palato. Em raras ocasiões, a condição ocorre no palato de pacientes que não fazem uso de dentadura. É assintomática e apresenta uma coloração avermelhada e possui superfície “pedregosa” ou papilar.
A remoção da dentadura pode permitir a perda da coloração avermelhada e do edema, e os tecidos podem retornar à sua aparência próxima ao normal. A condição também pode mostrar melhora após o uso de terapia antifúngica. Para casos mais avançados muitos clínicos preferem optar pela intervenção cirúrgica retirando o tecido hiperplásico antes de confeccionar uma nova dentadura, onde após a cicatrização, o paciente deve ser encorajado a remover a prótese durante a noite e a mantê-la limpa.
REFERÊNCIA:

NEVILLE, B et al. Patologia oral e maxilofacial.  Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 

Patologia óssea

GRANULOMA PERIFÉRICO DE CÉLULAS GIGANTES

18:22

É um aumento semelhante a um tumor relativamente comum na cavidade bucal. É uma lesão reacional, provocada por agentes irritantes locais de trauma. Ocorre exclusivamente em gengiva ou na borda alveolar edêntulo, apresentando-se como uma massa nodular vermelha ou vermelho-azulada. Geralmente tem menos que 2 cm de diâmetro, mas pode ocorrer lesões maiores. Clinicamente é semelhante ao granuloma piogênico (reação tecidual exuberante a uma irritação local ou trauma).
Pode ocorrer em qualquer idade, mas prevalece na 5ª e 6ª década de vida. Aproximadamente 60% dos casos são em mulheres. A mandíbula ligeiramente é mais afetada que a maxila. Embora seja uma lesão de tecidos moles (gengiva, lábio, língua, etc).
Tratamento e prognóstico
Consiste na remoção cirúrgica local, abaixo do osso subjacente. Os dentes vizinhos devem ser raspados (com curetas periodontais), para eliminar qualquer foco de irritação e minimizar o risco de recorrência. Em aproximadamente 10% dos casos a recorrência.


REFERÊNCIA:

NEVILLE, B. W. Patologia oral e maxilofacial. 3.ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevler, 2011

Doenças periodontais

FIBROMATOSE

18:14


Olá.
Vamos conhecer mais um pouquinho das lesões que podem aparecer na nossa boca?
Fibromatose é um tumor de tecidos moles, que é caracterizado por um desenvolvimento exagerada de tecido conjuntivo e grandes quantidades de fibras colágenas, ou seja ele apresenta uma textura filme e indolor. Porém, ele não é considerado nem uma lesão benigna e nem maligna, isso significa que seu comportamento é intermediário. Há um crescimento rápido, que parece benigno, contudo pode ser ou tornar-se grave e perigoso.
Podendo chegar a tamanhos grande e causar alteração do rosto e destruição do osso que está perto da lesão.
Na região de tecidos moles da cabeça e do pescoço, são chamada de fribromatoses juvenis agressivas, (acontece mais em crianças ou em adultos jovens) ou desmoides extra-abdominais.
 REFERÊNCIA: 

DAMM, Douglas D.; ALLEN, Carl M.; BOUQUOT, Jerry E. Patologia oral e maxilofacial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 972 p., 28 cm. Contém sumário, índice, bibliografia e apêndice. ISBN 978-85-352-3089-5.

Patologia óssea

FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO

18:05


Se há o aparecimento de um aumento no formato de um nódulo na gengiva menor que 2cm, localizado na papila entre os dentes, com uma coloração que varia do vermelho ao rosa, pode ser que seja um Fibroma ossificantes periférico. Seu aparecimento é mais comum em jovens, com um pico de prevalência entre os 10 e 19 anos de idade. 50% dos casos dessa lesão ocorrem na região de incisivos e caninos.
O fibroma é classificado como um tumor, mesmo sendo considerado mais como uma lesão de natureza reacional do que de natureza neoplásica, ou seja, cancerígena. Mas mesmo assim é importante o acompanhamento e a sua retirada por um cirurgião dentista.  Sua causa é incerta, mas pode surgir a partir de outro tumor, e seu crescimento provavelmente se inicia como uma lesão ulcerada, e quando se torna mais antiga mostra a cicatrização da úlcera e uma superfície intacta.
Por ser um tumor, mesmo não sendo maligno, é muito importante a ida urgente ao dentista. Seu tratamento será por excisão cirúrgica, após a realização dos devidos exames. Por isso se notar uma lesão semelhante a essa, vá o mais rápido possível ao cirurgião dentista. 


REFERÊNCIA:
NEVILLE, Brad W. (et all). Patologia oral e Maxilofacial. 3.ed. Rio de Jeniro: Elsevier, 2009.

Tumores dos tecidos moles

HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA

17:57


Lesão proveniente de uma reação do tecido conjuntivo Fibroso, decorrente de trauma crônico de baixa intensidade, representado geralmente pelo uso de prótese dentária parcial ou total mal adaptada. Entretanto, pode ainda ter como fatores etiológicos: Dentes fraturados, raízes residuais, higiene bucal inadequada, restaurações mal adaptadas, diastemas e outros traumas. Essa lesão acomete preferencialmente o sexo feminino, adultos de meia idade ou mais velhos com prevalência pela sexta década de vida. Sua localização pode acometer qualquer área da mucosa bucal, mas é frequentemente observada na região anterior da maxila e mandíbula e na região de fundo de sulco vestibular.
Em relação às características clínicas, a HFI pode se apresentar como um processo exofítico, ou como uma placa bem definida, de consistência firme.
Ou flácida quando submetida à palpação, com coloração semelhante à mucosa de crescimento lento.

TRATAMENTO: Remoção cirúrgica da lesão com exame microscópico. A prótese mal adaptada deve ser refeita ou corrigida para evitar a recorrência da lesão.

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REFERÊNCIA:  

Bassi APF, Vieira EH, Gabrielli MAC. Hiperplasia Fibrosa Inflamatória. Rev. Gaúcha Odontol. 1998; 46(4): 209-11

Cistos odontogênicos

CISTO GENGIVAL DO RECÉM NASCIDO

17:45



Os cistos gengivais do recém-nascido são pequenos, superficiais e com conteúdo de ceratina, que são encontrados na mucosa alveolar de crianças. São lesões comuns, tendo sido descritas em até a metade de todos os recém-nascidos. Contudo, como eles desaparecem espontaneamente através de sua ruptura dentro da cavidade oral, as lesões raramente são notadas ou examinadas por biópsia. São encontrados na linha média palatina ou lateralmente nos palatos duro e mole.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
 Os cistos gengivais do recém-nascido surgem como pequenas pápulas esbranquiçadas, geralmente múltiplas, na mucosa que recobre o processo alveolar dos neonatos. Os cistos individualmente, em geral, medem não mais do que 2 a 3 mm de diâmetro. O rebordo alveolar superior é mais comumente acometido do que o inferior.
Não se indica tratamento para os cistos gengivais do recém-nascido, pois as lesões involuem espontaneamente como consequência da ruptura dos cistos e resultante contato com a superfície da mucosa oral. As lesões raramente são observadas após os três meses de idade.
TRATAMENTO:

Não se indica tratamento para os cistos gengivais do recém-nascido, pois as lesões involuem espontaneamente como consequência da ruptura dos cistos e resultante contato com a superfície da mucosa oral. As lesões raramente são observadas após os três meses de idade.


REFERÊNCIA
 NEVILLE, B.W. Et.al. Patologia oral e Maxilofacial. 3º edição. São Paulo, 2009

Tumores odontogênicos

AMELOBLASTOMA

17:39


O ameloblastoma é um tumor benigno comumente encontrado na maxila, mandíbula, dentes. Quanto ao comportamento clínico, trata-se de um tumor de crescimento lento, normalmente sem dores, podendo provocar deslocamento, mobilidade e reabsorção dentária, assim como sensação anormal e desagradável sobre a pele e também podem podem transformar-se em lesões de grandes proporções. O ameloblastoma, por ser um tumor agressivo, possui grande percentual de recidiva e o prognóstico depende de vários fatores, desde os aspectos clínicos, radiográficos e histopatológicos que definem o comportamento do tumor.
Os ameloblastomas acometem tanto a mandíbula quanto a maxila, tendo maior prevalência na primeira. Não há predileção quanto ao gênero e raça, apresentando maior incidência em adultos jovens, com média de idade de 35 anos. O desenvolvimento em crianças é raro. Você deve procurar um dentista, para que o mesmo realize a análise diagnóstica, e possa identificar se é realmente o ameloblastoma, e de acordo com o nível, realizar o tratamento necessário, que pode ser cirúrgico.

REFERÊNCIAS:
NEVILLE, et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

MUNIZ, et al. Características Clínicas, Radiográficas e Diagnóstico do Ameloblastoma: Relato de Caso. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.14, n.4, p. 27-32, out./dez. 2014

Tumores de glândulas salivares

CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE

17:29


A cavidade oral é composta por várias glândulas, que são divididas em maiores e menores. As maiores não conseguimos enxergar pois estão localizadas internamente sobre a mandíbula, já as menores se localizam na língua e palato. Mas assim como várias outras partes da cavidade oral, elas podem apresentar alteração neoplásicas, ou seja, cancerígenas. A neoplasia mais comum das glândulas salivares é o Carcinoma Mucoepidermide, que se apresenta como um aumento de volume de coloração azulada ou vermelha.
Por isso se notar alguma alteração como a descrita, no palato, na língua, ou em outras regiões que possuam glândulas, procure o mais rápido possível um cirurgião dentista, pois mesmo sendo assintomáticas, são neoplasias malignas ou seja, podem crescer rapidamente e invadir o sistema vascular e linfático e também desenvolver dor ou paralisia do nervo facial.
O tratamento do carcinoma mucoepidermoide é realizado por remoção cirúrgica. Se a neoplasia acometer a glândula parótida e estiver em um grau inicial, será feita uma remoção parcial da glândula, mas em casos mais avançados ocorrerá a remoção total. No caso da glândula submandibular haverá a remoção completa dela, e as glândulas salivares menores também serão tratadas através da incisão cirúrgica. 
 REFERÊNCIA: 
NAVILLE, Brad W. (et all). Patologia oral e Maxilofacial. 3.ed. Rio de Jeniro: Elsevier, 2009. 

Patologia das glândulas salivares

SÍNDROME DE SJÖGREN

16:51


Síndrome que ainda a sua causa é desconhecida, está geralmente relacionada a uma desordem autoimune crônica sistêmica, envolvendo principalmente as glândulas salivares e oculares, resultando em boca seca e secura ocular também.
Duas formas da doença são reconhecidas:

1. Síndrome de Sjögren primária (não está relacionada diretamente a desordem autoimune)
2. Síndrome de Sjögren secundária (está diretamente relacionada a desordem autoimune)

A síndrome de Sjögren não é uma condição rara, as estimativas atuais demonstram uma prevalência populacional de 0,5%, afetando mais  mulheres do que homens, principalmente  adultos de meia-idade, porém, casos muito raros em crianças.
Características:
·         A saliva pode se apresentar espumosa, com perda do reservatório usual de saliva no soalho da boca. Os pacientes afetados podem queixar-se de dificuldades durante a deglutição, de alterações do paladar, ou de dificuldades de usar próteses removíveis. A língua geralmente se torna fissurada e exibe atrofia das papilas. A mucosa oral pode se apresentar vermelha e dolorida, usualmente como resultado de uma candidíase secundária.
TRATAMENTO: Remoção cirúrgica da lesão com exame microscópico. A prótese mal adaptada deve ser refeita ou corrigida para evitar a recorrência da lesão.

REFERÊNCIA: 
NEVILLE, B. W. et al.  Patologia Oral e Maxilo Facial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

Patologia das glândulas salivares

SIALOLITÍASE

16:29



Os sialólitos (cálculo salivar, pedras salivares) são estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema ductal salivar. Usualmente são solitários embora ocasionalmente duas ou mais pedras possam ser descobertas na cirurgia. O sialolito se apresenta como duros aumentos de volume de formato arredondado, oval ou cilíndrico, apresenta coloração amarelada, embora possam ser brancos ou marrons-amerelados
CAUSAS:
A causa dos sialólitos é incerta, mas sua formação pode ser provocada pela sialadenite crônica e pela obstrução parcial. Os cálculos podem aparecer em qualquer faixa etária, porém ocorrem mais comumente em adultos jovens e de meia-idade.
SINTOMAS:
A sialolitiase das glândulas salivares menores geralmente é assintomática, mas pode produzir aumento de volume local ou dor na glândula afetada.
TRATAMENTO
Os sialólitos pequenos das glândulas maiores podem, algumas vezes ser tratados de forma conservadora com massagens na glândula e esforço para expelir a pedra através do orifício do ducto. Drogas que estimulam a fluxo salivar, aplicação local de calor e o aumento da ingestão de líquidos podem promover a saída da pedra. Os sialólitos grandes geralmente necessitam de remoção cirúrgica.

REFERÊNCIA:
NEVILLE B. W. et al. Patologia Oral e maxilofacial 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009     

Patologia das glândulas salivares

SIALOMETAPLASIA NECROSANTE

16:21


A Sialometaplasia Necrosante é uma desordem inflamatória incomum de glândulas salivares menores na região do palato duro. Ainda não se sabe exatamente sua causa, mas tem-se demonstrado ser causada por eventos que possam provocar isquemia ( diminuição ou suspenção da irrigação sanguínea) das glândulas devido a um trauma local como: anestesias locais, tabagismo, álcool, alterações gástricas, infecções e até mesmo neoplasias.
Tratamento e provável desenvolvimento:

Devido à aparência clínica preocupante das sialometaplasia necrosante, a biópsia geralmente é indicada para excluir a possibilidade de uma doença maligna. Uma vez que o diagnóstico tenha sido estabelecido, nenhum tratamento é indicado ou necessário. A lesão tipicamente se resolve espontaneamente, com um tempo médio de cicatrização de 5 a 6 semanas.
REFERÊNCIA:
NEVILLE, B. W. Patologia oral e maxilofacial. 3.ed. Rio de Janeiro (RJ):Elsevler, 2011.

Patologia das glândulas salivares

XEROSTOMIA

13:34


A xerostomia é um sintoma da hipossalivação. Existem várias causas incluindo ansiedade, doença auto-imune (síndrome de sjorgren, diabetes millitus, quimioterapia, radioterapia, tratamento com iodo radioativa para malignidades tireoidianas, e principalmente, vários medicamentos usados continuamente. Do ponto de vista nutricional, a cafeína permanece como agente mais importante e mais comum identificado como contribuinte para hipossalivação.

Os pacientes queixam-se de vários sintomas, em particular dificuldade na fala e na deglutição, paladar alterado, desconforto bucal generalizado e, se  usuário, retenção deficiente de dentaduras. 
O tratamento é direcionado para cuidados paliativos e requer uma abordagem multidisciplinar cuidadosa. Estratégias de intervenção direta incluem o uso de agentes tópicos tais como spray à base de polímero, denominados substitutos de saliva, ingestão de pequenas quantidades de água durante o dia, modificação dos medicamentos quando possível, a remoção de produtos contendo cafeína, a mastigação de chicletes sem açúcar e a eliminação de enxaguatórios bucais contendo álcool.
Uma excelente higiene bucal, aplicação tópico de flúor e um controle dentário cuidadoso são necessários para prevenir ou controlar as lesões cariosas. 

REFERÊNCIA: REGEZI, J; SCIUBBA, J; RICHARD, J. Patologia oral: correlações clinicopatológicas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

Patologia epitelial

PAPILOMA ESCAMOSO

13:28


O papiloma escamoso oral ele tem um prazo genético que mostra uma direção crescimento do local papilar ou verrucoso local (com suporte de tecido conjuntivo). A maioria dos papilomas é causada pelo papilomavirus humano (HPV). Quando uma lesão tem arquitetura clínica/ microscópica da verruga comum, os termos verruca vulgaris ou verruga oral podem ser usados. Se o crescimento epitelial não demostra as características usuais da verruca vulvaris, e a infecção pelo HPV não foi provada, o termo genético de papiloma escamoso é preferível. A maioria dos papilomas escamosos parece ser causado pelo HPV dos subtipos 2, 6, 11 ou 57. A AIDS predispõe os pacientes a múltiplas verrugas orais.
As lesões ela pode ser visualizadas em qualquer sítio intra – oral, parecendo ter preferência pelo palato e úvula, tendo aspecto verrucoso ou em projeções na superfície como uma couve – flor, as verrugas são sexualmente transmissíveis podem ser vistas por sítios intra – orais, sendo elas causadas pelo HPV dos subtipos 6 e 11. Essas lesões tendem a ser mais amplas que os papilomas e são pedunculadas. Papilares do epitélio são sustentadas por tecido fibrovascular. Verrugas orais, são vistos, em ceratinócitos superficiais, os núcleos que se atrofiam e são cercados por um espaço limitado, sugerindo mudanças induzidas pelo HPV.


O tratamento que ocorre no papiloma escamoso é a remoção de cirurgia é um tratamento de escolha, o reaparecimento não são comuns exceto para os pacientes infectados pelo HPV.

REFERÊNCIA: Atlas de patologia oral e maxilofacial, Regezi – Sciubba – Pogrek. 

Lesões físicas e químicas

HEMATOMA TRAUMÁTICO

12:40


Até os menores traumas apresentam contusão. Isto ocorre quando um evento traumático resulta em hemorragia e retenção de sangue no interior dos tecidos. Termos diferentes são usados, dependendo do tamanho da hemorragia. Hemorragias pequenas na pele, mucosa ou serosa são denominadas petéquias. Se uma área ligeiramente maior está afetada, a hemorragia é a uma púrpura. Qualquer acumulo acima de 2 cm é uma equimose. Se o acúmulo de sangue no interior dos tecidos produz um volume, denomina-se hematoma. O trauma brusco na mucosa oral frequentemente resulta em formação de hematoma.
A hemorragia submucosa aparece como uma zona elevada ou plana não-pálida, com uma cor que varia do vermelho ou púrpura ao azul ou negro-azulado. Como seria esperado, as lesões traumáticas estão localizadas mais frequentemente na mucosa labial ou jugal (bochecha). O trauma facial brusco, muitas vezes, é o responsável, porém uma injúria, tão pequena quanto uma mordida na bochecha, pode produzir um hematoma ou áreas de púrpura. Uma leve dor pode estar presente. A formação de hematomas que surgem devido a colocação de implantes está associada aos danos dos tecidos moles adjacentes à superfície lingual da mandíbula, produzindo um aumento do volume e elevação do assoalho lingual (abaixo da língua). Distensão, elevação e protrusão da língua podem ocorrer e estar associado à incapacidade de engolir.
Se o hematoma for pode apresentar sangramento nasal, apresentando também obstrução nasal unilateral, dor de cabeça, e aumento da região malar. Raramente ocorrem parestesia facial e problemas de visão.          
Tratamento e prognóstico

Nenhum tratamento é exigido, se a hemorragia não estiver relacionada à doença sistêmica, devendo as áreas regredir espontaneamente. Grandes hematomas podem precisar de várias semanas para regredir. Se a hemorragia ocorrer secundariamente a uma desordem subjacente, o tratamento deve ser dirigido ao controle da doença associada.
REFERÊNCIA: REGEZI, J; SCIUBBA, J; RICHARD, J. Patologia oral: correlações clinicopatológicas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

Patologia epitelial

VERRUGA VULGAR

13:41


Quem nunca teve uma verruga em alguma parte do corpo? Se já teve provavelmente era uma Verruga Vulgar, mas conhecida como verruga comum, que é uma hiperplasia focal, ou seja, um aumento de tecido devido a multiplicação de células. É causada pelo HPV tipo 2, 4, 6 e 40, por isso é importante lembrar que é contagiosa. Essa verruga pode se apresentar também na mucosa da boca, mais comum no vermelho do lábio, na parte de trás da boca e na mucosa da bochecha. Na boca ela irá se apresentar como um nódulo branco de superfície áspera e cresce rapidamente atingindo até 5mm.  Muito comum também encontrar várias verrugas agrupadas.
Para o tratamento da verruga que se encontra na boca, deve-se procurar um cirurgião dentista que realizará uma cirurgia ou o uso de lazer para sua retirada. Não se preocupe, pois são transformações malignas, ou seja, não irão evoluir para um câncer, e é muito comum que ela desapareça espontaneamente.

REFERÊNCIA: NAVILLE, Brad W. (et all). Patologia oral e Maxilofacial. 3.ed. Rio de Jeniro: Elsevier, 2009. 

Patologia epitelial

ERITROPLASIA

12:30


A eritroplasia é um espaço avermelhado, levemente alta, geralmente sem sintomas, que não sai quando a lesão é raspada. Na maior parte dos casos, a descoberta é incidental, durante o exame clínico realizado por médico ou por dentista.
A designação eritroplasia é comparável a leucoplasia, termo usado para descrever placas brancas da mucosa oral, juntas a eritroplasia a leucoplasia representam as duas lesões potencialmente maligna mais comuns da mucosa bucal.
As eritroplasias bucais são diagnósticos predominante em paciente do gênero masculino, após 60 anos.
Do primeiro ponto de vista clinico, o primeiro passo para confirmação diagnostica de uma eritroplasia é excluir a possibilidade de se tratar de outra lesão bucal de cor vermelha como ulceração traumáticas, candidose eritematosa e liquem plano entre outras.
Embora sua etiologia esteja relacionada com hábitos de tabagismo e etilismo (alcoolismo) sabe-se que estas lesões também podem surgir de forma espontânea.
A seriedade da eritroplasia só pode ser determinada por um exame clínico e completado, quando necessário, por uma biópsia, ou seja, a análise microscópica de uma amostra de tecido. Algumas vezes essa avaliação pode ser feita por meio de citologia exfoliativa, técnica onde a lesão é descamada com um instrumento e as células assim obtidas são analisadas ao microscópio, mas os resultados não são confiáveis como os da biópsia.
Até o momento, não há nenhuma evidência de um tratamento universalmente eficaz para evitar a transformação maligna da eritroplasia bucal. Todavia a tratamento de primeira escolha para as eritroplasias é a recessão cirúrgica seguida de avaliação histopatológicas.

REFERÊNCIA: ALMEIDA, Oslei Paes de. Patologia Oral: Série Abeno: Odontologia Essencial - Parte Básica. São Paulo: Artes Medicas, 2016. 168 p.

Patologia epitelial

CARCINOMA VERRUCOSO

12:23


Carcinoma verrucoso bucal está intimamente relacionado ao uso de tabaco, especificamente pelo tabaco sem fumaça. Esse câncer constitui cerca de 5% dos carcinomas de células escamosas intraorais. Acomete mais comumente a mucosa jugal (bochecha) e a gengiva. É mais predominante na gengiva da mandíbula, em homens e indivíduos acima de 50 anos de idade. As lesões iniciais são relativamente superficiais e de cor branca. Podem se originar a partir da leucoplasia. Com o tempo as bordas da lesão ficam irregulares e endurecidas, tornando-se mais externa com uma superfície emaranhada entre esbranquiçada e cinzenta. Se não for tratada, ocorre invasão gradual dos tecidos e destruição do osso. O carcinoma verrucoso raramente causa metástases, mesmo sendo localmente destrutivo. Havendo destruição da maxila ou da mandíbula é necessário a ressecção. 

Tratamento e prognóstico: os métodos cirúrgicos são geralmente utilizados como principal forma de tratamento. Isso ocorre devido aos relatos iniciais da transformação dos tecidos vista nos carcinomas verrucosos após a radioterapia. Sendo essa transformação pouco frequente. A radioterapia inicial agressiva ou em combinação com a cirurgia pode ser um método de tratamento alternativo viável. O carcinoma verrucoso raramente causa metástases, mesmo sendo localmente destrutivo. Havendo destruição da maxila ou da mandíbula é necessário a ressecção.
REFERÊNCIA: 
REGEZI, J; SCIUBBA, J; RICHARD, J. Patologia oral: correlações: clinicopatológicas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

Patologia epitelial

LEUCOPLASIA VERRUCOSA

08:30


A leocoplasia oral (leuco = branco; plakia = mancha) é definida pela organização mundial da saúde (OMS) como “uma placa ou mancha branca que nao pode se caracterizada clinica ou patologicamente como qualquer outra doença”. O termo é estritamente clinico nao implica a uma so alteração tecidual especifica. É tipicamente conciderada como uma lesão pré-cancerosa ou pré-maligna. A leocoplasia afeta geralmente pessoas com idade acima de 40 anos. As lesões podem ter uma aparencia clinica variada que tende a se alterar com o passar do tempo. Algumas lesões apresentam aspecto agudo ou em forma de botão, são denominadas leocoplasia verrucociforme ou verrucosa.

Causas: Tabaco: o habito de fumar esta mas associado ao desenvolvimento da leucoplasia. Mais de 80% dos pacientes com leocoplasia são fumantes. Uma grande proporção dos casos de leocoplasia em fumantes, desaparece ou tornam-se menores apos o habito de fumar ter cessado.
Sanginaria: Pessoas que utilizão dentifricios ou enxaguantes bucais contendo o extrato de erva sanguinaria podem desenvolver leocoplasia verdadeira.
Radiação ultra violeta: a radiação ultra violeta é aceita como um fator causal da leocoplasia de vermelhão de labio inferior.

Microrganismos: Varios organismos tem sido envolvidos na origem da leucoplasia.
Trat
amento e prognóstico: os métodos cirúrgicos são geralmente utilizados como principal forma de tratamento. Isso ocorre devido aos relatos iniciais da transformação dos tecidos vista nos carcinomas verrucosos após a radioterapia. Sendo essa transformação pouco frequente. A radioterapia inicial agressiva ou em combinação com a cirurgia pode ser um método de tratamento alternativo viável. O carcinoma verrucoso raramente causa metástases, mesmo sendo localmente destrutivo. Havendo destruição da maxila ou da mandíbula é necessário a ressecção.

REFERÊNCIA: NEVILLE B. W. et al. Patologia Oral e maxillofacial 3. Ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2009      

Patologia epitelial

CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS

19:31


O carcinoma de células escamosas corresponde ao câncer oral mais comum, com 94% de incidência sobre outras malignidades orais. Entretanto, as taxas anuais médias mostram uma variabilidade ao que se refere a mortalidade levando em consideração diferentes raças, gêneros e grupos etários. Assim como outros tipos de câncer oral, o risco de ter carcinoma de células escamosas aumenta com a idade, especialmente para homens.
Não existem causas e fatores únicos que provoquem o carcinoma de células escamosas, pois este é multifatorial, e apresenta fatores extrínsecos (agentes externos), como tabaco, fumaça álcool, sífilis e luz solar; e fatores intrínsecos (agentes internos), tais como estados sistêmicos ou generalizados, como por exemplo, desnutrição geral ou anemia por deficiência de ferro.  Hereditariedade parece não representar causa principal do carcinoma oral.
Esse tipo de lesão oral tem uma apresentação clínica variada:
  • ·         Exofitica: formaçãode aumento de volume; vegetante, papilar e verruciforme;
  • ·         Endofitica: invasiva, escavada e ulcerada;
  • ·         Leucoplásica: mancha branca;
  • ·         Eritoplásica: mancha vermelha;
  • ·         Eritroleucoplásica: combinação de áreas vermelhas e branca.
O tratamento consiste na excisão cirúrgica ampla, radioterapia ou até combinação de radioterapia e cirurgia. A localização do tumor pode influenciar no tratamento. O prognóstico para sobrevida no câncer oral depende muito da quantificação dos parâmetros clínicos - estadiamento (tamanho do tumor e extensão da disseminação metástica). 

REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. Patologia oral & maxilofacial. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2004. xviii, 798 p, il. Tradução de: Oral & maxillofacial pathology.


Patologia epitelial

QUEILOSE ACTÍNICA

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A queilose actínica é uma patologia pré-maligna que atinge o vermelhão do lábio inferior, resultado de uma exposição progressiva excessiva a luz solar, aos raios UVA.
Trabalhadores que estão em contato direto e exposição intensa ao sol, como fazendeiros, marinheiros, pedreiros e outros trabalhos que levem. Um indivíduo com exposição crônica à luz do sol e imunidade comprometida, especialmente receptores de órgãos transplantados, tem risco elevado de desenvolver um câncer do vermelhão do lábio inferior.
CARACTERÍSTICAS
  • ·   Tem maior prevalência em pessoas de pele clara, que são mais susceptíveis a apresentar queimadura solar quando expostos ao sol.
  • ·         Raramente ocorre em idades abaixo de 45 anos.
  • ·         Maior incidência- gênero masculino.
  • ·         A lesão desenvolve-se lentamente.
  • ·      As alterações clínicas mais precoces incluem a da borda do vermelhão do lábio inferior.
  • ·         A margem do vermelhão do lábio é apagada.
  • ·         Descama, em alguns casos com alguma dificuldade.

 PARA PREVENIR MAIORES DANOS
  • ·         bloqueadores solares (protetor labial e solar)
  • ·         proteção para profissionais que se expõe muito a luz solar.
REFERÊNCIA: NEVILLE, B. W. et al.  Patologia Oral e Maxilo Facial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.




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