A erupção dentária é um processo fisiológico normal que se inicia por volta dos seis meses de vida da criança, sendo os incisivos centrais inferiores os primeiros dentes a nascer na cavidade oral. Entretanto, tem sido relatado na literatura casos de crianças que já nascem com dentes erupcionados ou que erupcionam no primeiro mês de vida, que são denominados dentes natais e neonatais, respectivamente.1-3
Os dentes mais envolvidos são os incisivos centrais inferiores, podendo fazer parte da dentição decídua normal ou serem dentes supranumerários. Acomete mais o gênero feminino, possui baixa prevalência e a incidência de dentes natais é maior que a de neonatais na proporção de 3:1.1,4,5 A etiologia é desconhecida, mas alguns fatores estão associados a possíveis causas de erupção prematura como a hereditariedade, contribuição genética associadas a síndromes e anomalias.2,6,7
Os dentes natais e neonatais podem apresentar tamanhos e formas normais, porém na maioria das vezes, são pouco desenvolvidos, pequenos, cônicos, amarelados e hipoplásicos.1,8 Pela ausência de formação da raiz podem ter grande mobilidade, sendo este o motivo de preocupação, pois a criança pode deglutir ou aspirar o dente. Podem causar traumas no mamilo do seio materno e ulcerações no ventre da língua do recém-nascido (Doença de Riga-Fede), dificultando e causando dor e desconforto durante a amamentação.1,2,6,9
As medidas terapêuticas incluem a exodontia (extração) imediata do dente nos casos de mobilidade severa, o desgaste da borda incisal ou apenas o acompanhamento do caso.2,3,6,10,11
Referências:
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