Lesões físicas e químicas

COMPLICAÇÕES OROFACIAIS PELO USO DE MENTANFETAMINA

18:00


A cárie pode se apresenta de várias maneiras, assim como pode surgir por uma combinação de vários fatores. Vem se aumentando o uso ilegal da Metanfetamina, conhecia também pelos nomes de Cranck, Cristal met e Speed, por ser uma droga de efeito estimulante no sistema nervoso central, que aumenta a agilidade, controla peso e combate a depressão. Seu abuso além de causar inúmeras consequências como insônia, agressividade, tremores, comportamentos violentos, ilusões e entre outros, pode causar cáries rampantes (semelhante a cáries de mamadeira). A destruição por cárie afeta inicialmente a parte da frente do dente e as interproximais, e, caso não haja intervenção, toda a estrutura coronária de todos os dentes pode ser destruída. Esse tipo de cárie ocorre, pois, o uso da Metanfetamina causa a xerostomia (que é a diminuição extrema da saliva) assim seus usuários consomem uma grande quantidade de refrigerantes ácidos e com alta taxa de açúcar. Esses fatores junto com a higiene oral precária causam esse tipo de cárie. Quem apresenta esse tipo de cárie, pois utiliza a Metanfetamina, deve procurar um cirurgião dentista para que efetue o coreto tratamento, e além disso encaminhe o paciente para outros profissionais que o ajude no abandono dessa droga.  Embora o abandono do uso desta droga ilegal seja fundamental, os pacientes também devem ser encorajados durante os períodos de xerostomia a parar de beber refrigerantes ácidos ou com alto teor de açúcar e evitar diuréticos como cafeína, tabaco e álcool.

REFERÊNCIAS: 
NAVILLE, Brad W. (et all). Patologia oral e Maxilofacial. 3.ed. Rio de Jeniro: Elsevier, 2009. 

Lesões físicas e químicas

MELANOSE TABAGISTA

16:47



A melanose do fumante está ocasionada pela estimulação da produção de melanina devido à componentes do tabaco. Existe uma predileção pelo sexo feminino, provavelmente pela presença dos hormônios femininos. A gengiva facial anterior (frente) é a que se vê afetada com mais frequência, embora qualquer ponto da mucosa da boca possa apresentá-la. As áreas de pigmentação aumentam com o aumento do consumo de tabaco. Com frequência, a melanose do fumante se pode diagnosticar clinicamente ao correlacionar os antecedentes de tabagismo com a localização e distribuição da pigmentação.
Se o diagnóstico não for evidente, está indicada a biópsia. Realizado o diagnóstico, não é necessário outro tratamento além de deixar de fumar. A remoção desta pigmentação não é indicada caso o paciente não cesse completamente o hábito de fumar.  

REFERÊNCIAS:
EGG, Natália et.al. MELANOSE RACIAL E OUTRAS LESÕES PIGMENTADAS DA CAVIDADE BUCAL - REVISÃO DE LITERATURA. Revista Periodontia, vol. 19, n. 3, Belo Horizonte – MG, 2009.

FINKEISTEIN, Michael. Guia para o diagnóstico clínico diferencial das lesões da mucosa oral. Dental Care. Disponível em < http://www.dentalcare.com.br/educacao-profissionais-odontologia/mucosa-oral.aspx?ModuleName=coursecontent&PartID=1&SectionID=3>

Ulcerações em bebês

RIGA-FEDE

16:22


 A doença de Riga-Fede aparece normalmente entre a 1º semana e 1º ano de idade. São ulcerações traumáticas na língua (feridas por conta de alguma lesão ou impacto) ocorrem em bebês, pois os dentes de leite que estão nascendo lesionam a mucosa, normalmente são os anteriores e podem ocorrer durante a amamentação. Mas geralmente podem ser resolvidas com medidas apropriadas. Para um melhor tratamento procure o seu cirurgião dentista.
Características:
  •     Cicatrização lenta
  •         Bordas elevadas
  •     Lesões na frente da língua, tocam nos dentes inferiores
  •          Lesões em cima da língua estão em contato com os dentes superiores.
  •          Úlcera de Riga-Fede pode ser um sinal inicial de síndrome.


Um quadro clínico semelhante à úlcera de Riga-Fede pode ser um sinal inicial de alterações neurológicas, como a síndrome de Riley-Day,  insensibilidade congênita à dor, síndrome de Lesch-Nyhan, doença de Gaucher, paralisia cerebral ou síndrome de Tourette. 
 REFERÊNCIA: 
NEVILLE, B. W. et al.  Patologia Oral e Maxilo Facial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

Infecções virais

HERPES LABIAL

16:11


O herpes labial é uma infecção viral e contagiosa nos lábios, na boca ou nas gengivas causada pelo vírus da herpes simples. A doença é caracterizada principalmente pelo surgimento de bolhas pequenas e doloridas. A infecção inicial pode não causar sintomas ou surgimento de bolhas na boca, porém a característica principal do vírus é permanecer em estado latente no tecido nervoso do rosto por tempo variado.
Os vírus do herpes são contagiosos. A disseminação pode ocorrer por meio de contato íntimo ou por meio do compartilhamento de objetos, como lâminas, toalhas, louças e outros itens que estejam infectados, desde que a pessoa seja suscetível ou tenha predisposição à doença. Ocasionalmente, durante o ato sexual, o contato oral-genital pode espalhar o herpes para os órgãos genitais (e vice-versa).
Manter contato íntimo e compartilhar objetos com uma pessoa que tenha herpes labial é o principal fator de risco para a doença, já que ela é altamente contagiosa e geralmente não manifesta sinais de ocorrência no início da infecção.
O principal sintoma do herpes labial é, também, sua principal característica: o surgimento de bolhas pequenas, avermelhadas e doloridas ao redor da boca. Os primeiros sintomas aparecem nas primeiras duas semanas e duram até alguns dias após o contato com o vírus.
Dor de garganta e febre de até cinco dias podem ocorrer antes do aparecimento das bolhas, bem como alguns “caroços” no pescoço. Sintomas como coceira, queimação, maior sensibilidade ou formigamento ao redor podem ocorrer cerca de dois dias antes do aparecimento das lesões, que costumam aparecer logo em seguida na gengiva, na boca, na garganta ou no rosto.
Na maioria das vezes o diagnóstico é clínico e de reconhecimento fácil.
Se não exigirem tratamento, os sintomas geralmente desaparecem entre uma e duas semanas. Medicamentos antivirais tomados por via oral podem ajudar os sintomas a desaparecerem mais rapidamente e aliviar a dor.
As feridas de herpes costumam reaparecer. Os medicamentos antivirais funcionam melhor se forem tomados quando o vírus estiver começando a voltar, ou seja, antes do aparecimento das feridas. Se o vírus voltar com frequência, o médico poderá recomendar ainda que você tome os medicamentos constantemente. Pomadas antivirais tópicas podem ser usadas, mas devem ser aplicadas a cada duas horas.
REFERÊNCIAS: 
Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/herpes-labial> - Revisado por: Dra. Luiza Keiko, dermatologista e coordenadora do departamento de DST e AIDS da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM: 28645, Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Dermatologia.

NERI, Rafael et.al. Tratamento de Herpes Labial recorrente relacionada a infecção – Relato de Caso. Revista Bahiana de Odontologia, 2014. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/odontologia/article/viewFile/285/269

Lesões físicas e químicas

ESTOMATITE NICOTÍNICA

16:09


Esta lesão é encontrada no palato de pacientes fumantes sendo causada pelo calor e não somente pela nicotina, geralmente decorrente pelo uso de cachimbo, embora também possa ocorrer em ‘’fumantes invertidos’’ (aqueles que fumam com a extremidade acesa do cigarro dentro da boca) e em pessoas que ingerem bebidas muito quentes com frequência.
Clinicamente, observam-se pápulas brancas com a área central pontilhada de vermelho, correspondentes aos ductos de glândulas salivares menores que se apresentam inflamados e metaplásicos  (tentativa do organismo de substituir um tipo celular exposto a um estresse a um tipo celular mais apto a suportá-lo). em resposta ao estímulo do calor da fumaça, geralmente indolor e localizado no palato duro.
Já que a estomatite nicotínica é uma lesão reversível, retirado o hábito de fumar, a tendência é a mucosa retornar ao seu aspecto de normalidade em poucas semanas. Apesar de muitas vezes assumir um aspecto clínico de lesão "grave" esta lesão não apresenta prognóstico desfavorável.

REFERENCIA: SOOK-BIN WOO: ATLAS DE PATOLOGIA ORAL

Malformações na face e na região bucal

FENDA LABIAL

17:26


É a separação do lábio superior em duas partes, atinge um a cada 550 bebês no Brasil. Tal co mo a fissura palatina. A fissura labial é causada pela junção inadequada dos dois lados da face quando o bebê ainda está no útero. É uma doença hereditária e também podem ser causadas por desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais e certas drogas utilizadas durante a gestação.
Causas: As causas para essas malformações ainda não foram totalmente esclarecidas. As anomalias podem afetar um ou dois lados da região orofacial, ocorrer isoladamente ou em conjunto ou ser um dos componentes de uma síndrome genética. Entre os fatores de risco que podem estar envolvidos estão deficiências nutricionais e algumas doenças maternas durante a gestação, radiação, uso de determinados medicamentos durante a gravidez, álcool, fumo e hereditariedade.
Sintomas: A fissura labial é uma abertura que começa na lateral do lábio superior, dividindo-o em dois segmentos. Essa falha no fechamento das estruturas pode restringir-se ao lábio ou estender-se até o sulco entre os dentes incisivo lateral e canino, atingir a gengiva e o maxilar superior e alcançar o nariz. Já a fenda palatina pode atingir todo o céu da boca e a base do nariz, estabelecendo comunicação direta entre um e outro.
Os sintomas dos problemas não são meramente estéticos e envolvem efeitos como má nutrição, distúrbios respiratórios, de fala e audição, infecções crônicas e alterações na dentição. Ainda podem provocar distúrbios emocionais, de sociabilidade e de autoestima.
O exame de ultrassonografia torna possível o diagnóstico das fendas lábio palatinas a partir da 14ª semana de gestação.
O tratamento envolve abordagem multidisciplinar, com a participação de cirurgião plástico, otorrinolaringologista, odontologista, fonoaudiólogo, entre outros.
A recomendação atual é corrigir a fissura labial cirurgicamente nas primeiras 24 h a 72 h depois do nascimento do bebê para reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz. Já nos casos de fissura palatina, somente por volta de 1 ou 2 anos, a criança deve ser submetida à reconstituição cirúrgica do céu da boca. O fechamento completo é realizado em etapas.
Prevenção: Como o problema pode ser genético, nem sempre há uma forma de prevenção. Uma possibilidade é evitar os fatores de risco e realizar um diagnóstico precoce por meio do exame de ultrassonografia.
REFERENCIA: NEVILLE, B.W. Et.al.Patologia oral e Maxilofacial. 3º edição. São Paulo, 2009

Doenças alérgicas e imunológicas

ESTOMATITE AFTOSA RECORRENTE

15:59

A Estomatite Aftosa Recorrente (EAR) consiste na presença de lesões na cavidade oral, que podem ocorrer de forma simples ou múltipla, e são classificadas em três tipos: menor, maior e herpetiforme. Além do tamanho, essas lesões também diferenciam em relação ao tempo de duração e à formação de cicatrizes.
A mais comum é a menor, com pequenas ulcerações definidas, arredondadas, que são dolorosas e cicatrizam em 10 a 14 dias. Na segunda forma elas aparecem maiores, pode aparecer em Qualquer área da boca, no entanto é mais comum na parte mole no fundo da boca ("palato mole" ou "véu palatino") e na parte interna do lábio, tem duração de 6 semanas e frequentemente deixam cicatriz. A terceira forma é a herpetiforme com várias lesões que podem duram de 7 a 10 dias.

REFERÊNCIAS: COSTA, G. B. F. CASTRO, J. F. L, Etiologia e tratamento da estomatite aftosa recorrente, Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da FMRP Universidade de São Paulo, p.1-7, 2013.


FRAIHA, M. P. (et al). Estomatite aftosa recorrente. Revista brasileira de otorrinolaringologia. V.68, n.4, 571-8, jul./ago. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rboto/v68n4/a19v68n4.pdf >Acesso em: 28 de abriu de 2017.

Lesões físicas e químicas

QUEILITE ESFOLIATIVA

17:13


A queilite esfoliativa consiste em fissuração e descamação persistente de vermelhão do lábio, envolvendo frequentemente ambos os lábios. O processo começa com produção excessiva e subsequente descamação da ceratina superficial ..Pode ser um processo autónomo ou decorrente de diversos fatores, como disfunção tireoideana ,familial ou ainda ser um eczema idiopático (inflamação aguda da pele com uma erupção de pequenas bolhas que rebentam, formando uma pele úmida). No entanto a pensar da etiologia ser desconhecida, está é , em geral atribuída ao hábito repetido de morder os labios. lamber, morder, picar ou sugar os lábios.
Muitos pacientes negam a autoirritação crônica da área . O paciente pode estar vivenciando distúrbios associados à personalidade, dificuldades psicológicas ou estresse.
Alguns dos sintomas são: rachaduras, descamação, coceira e/ou queimação dos lábios, descoloração, especialmente ao redor da borda externa dos lábios (em outras palavras, do contorno dos lábios). Descamação repetida da camada excessiva de queratina que se forma na superfície dos lábios e inchaço dos lábios.
Observa-se uma predominância marcada pelo gênero feminino ,afetando geralmente mulheres com menos de 30 anos. Os Casos leves caracterizam-se por secura crônica, descamação e fissuras da borda do vermelhão dos lábios. Com a progressão, o vermelhão pode torna-se coberto por uma crosta hiperceratótica (excesso de produção de ceratina) amarelada e espessa, que pode ser hemorrágica ou exibir fissuração externa.

Referência:

 REGEZI, J. A.; SCIUBBA, J. J.; JORDAN, R. C. K. Patologia oral: correlações clinicopatológicas. Tradução. Rio de Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2012.

Doenças alérgicas e imunológicas

PAPILITE LINGUAL TRANSITÓRIA

17:07


A papilite lingual transitória (tochas na língua)representa uma doença  oral comum que, por alguma razão, raramente tem sido documentada. Os pacientes afetados sofrem uma deformação em alguns pontos da língua  formando algumas bolhas  na  língua. Atualmente a origem dessa doença é desconhecida, porém as lesões mais provavelmente resultam de várias influências. As causas sugeridas incluem irritação local, estresse, doença gastrointestinal, oscilação hormonal, infecção no aparelho respiratório superior, infecção viral e hipersensibilidade tópica a alimentos, bebidas ou produtos para higiene oral.
Três padrões de papilite lingual transitória foram documentados. O primeiro padrão é localizado e envolve uma a várias papilas fungiformes que se tornam aumentadas e se apresentam como pápulas elevadas vermelhas, mas que podem demonstrar uma cobertura amarela, ulcerada. As lesões aparecem com mais frequência na região anterior da superfície dorsal e associadas a dor leve a moderada e se resolvem espontaneamente dentro de algumas horas a vários dias. Em um levantamento realizado entre 163 membros do corpo docente de uma faculdade de odontologia, 56% relataram episódios prévios de papilite lingual transitória. Houve predominância nas mulheres e a grande maioria relatou uma única papila afetada.
Em um relato, a ocorrência das lesões pareceu estar associada a alergia alimentar.No segundo padrão, o envolvimento é mais generalizado e afeta uma grande porcentagem das papilas fungiformes da ponta e margem lateral da língua na superfície dorsal . As papilas individuais são muito sensíveis, aumentadas, eritematosas e ocasionalmente apresentam erosão focal da superfície. A febre e a linfadenopatia cervical não são raras. Nestes casos, foi relatada a disseminação entre os membros da família, sugerindo a possível correlação com um vírus desconhecido. A resolução espontânea ocorre em cerca de 7 dias, com relatos ocasionais de recidivas. O terceiro padrão de papilite lingual transitória também demonstra um envolvimento mais difuso. As papilas alteradas são assintomáticas, aparecem como pápulas elevadas brancas a amarelas e têm recebido o termo variante papulo-ceratótica devido à espessa cobertura paraceratótica . Apesar de estas lesões poderem ser o resultado de uma alergia tópica, a histopatologia demonstra características similares às mordeduras crônicas e sugere a possibilidade de um padrão incomum de hiperceratose friccional.

REFERÊNCIAS:

NEVILLE, Brad W. Patologia Oral e maxilofacial. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Xviii, 798 p, il. Tradução de: Oral e maxilofacial Pathology.

Lesões físicas e químicas

LINHA ALBA

16:16


A linha alba chamada também como “linha branca”, é uma alteração comum da mucosa jugal, geralmente associada a pressão, irritação por ficção ou trauma de sucção das superfícies vestibulares dos dentes. Em um estudo com 256 homens jovens, tal alteração foi observada em 13% dos pacientes; em outro estudo com 993 adolescentes, a linha alba foi a segunda lesão oral mais observada, acometendo 5,3% dos pacientes. Nenhuma outra condição, como sobreposição horizontal insuficiente dos dentes ou restaurações irregulares, é necessária para desenvolvimento da linha alba.
Características clinicas uma alteração consiste em uma linha branca localizada na altura da linha de oclusão, esta linha varia em proeminência e é comumente restrita a áreas dentadas. Frequentemente, é mais pronunciada em áreas adjacentes aos dentes posteriores.
A característica histológica e a biópsia que é raramente indicada. Caso ela seja realizada, observa – se hiperortoceratose recobrindo a mucosa oral normal. Ocasionalmente, podem ser notados edema intra – celular do epitélio e inflamação crônica leve no tecido conjuntivo subjacente.
Não há necessidade de tratamento de linha alba, assim como também não foram documentadas dificuldades como resultado do seu desenvolvimento. A regressão espontânea pode acontecer.


REFERÊNCIA:

NEVILLE, B. W. et al.  Patologia Oral e Maxilo Facial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

ENFISEMA CERVICOFACIAL

15:55


Enfisema cervicofacial é o aumento de volume periorbital e facial causado pelo uso de peça de mão durante a exodontia do terceiro molar.
Surge pela introdução de ar nos espaços subcutâneos e faciais da cabeça e pescoço. O ar forçado pode espalhar-se através dos espaços para as áreas retrofaringiana e mediastinal
O enfisema cervicofacial de origem dentária pode aparecer por diversas maneiras: Após o uso de jato de ar pelo clínico Após exodontias difíceis ou demoradas Como resultado do aumento da pressão intraoral (p. ex., espirro, sopro) após um procedimento cirúrgico oral Sem causa aparente. A introdução de ar no tecido tem sido observada após um grande número de procedimentos dentários, porém a maioria dos casos envolve exodontias, osteotomias, trauma significante ou o uso de seringas de ar ou água. Além disso, a prevalência tem aumentado como resultado do uso de peças de mão durante cirurgias orais.
Mais de 90% dos casos de enfisema cervicofacial desenvolvem-se durante a cirurgia ou na primeira hora após a cirurgia. Os casos de ocorrência tardia estão associados ao aumento da pressão pós-operatória criada pelo paciente. Dor geralmente é mínima, sendo a crepitação facilmente detectada à leve palpação. Subsequentemente, a expansão cresce e se espalha devido a inflamação secundária e edema. Pode ocorrer dor variável, eritema facial, disfagia, disfonia, dificuldades visuais e febre baixa.


REFERENCIA: NEVILLE, B.W. Et.al.Patologia oral e Maxilofacial. 3º edição. São Paulo, 2009 

MUCOSITE ORAL INDUZIDA POR RADIOTERAPIDA

17:05


A mucosite é uma inflamação nas mucosas orais (bochecha, lábios, gengiva, céu da boca e língua), ocorridas devido ao tratamento da Quimio e/ou Radioterapia.
Os pacientes que já apresentam algum trauma na cavidade oral, como machucados por próteses mau adaptadas , tártaros, aparelhos são mais vulneráveis a mucosite.
Existem vários sinais e sintomas, dentre eles estão:
  • Eritema (vermelhidão)
  • Edema (inchaço)
  • Sensação de queimação
  • Aumento da sensibilidade a alimentos quentes e condimentados
  • Lesões ulcerativas (feridas), às vezes sangrantes, comprometendo principalmente lábios, língua, mucosas, gengivas e garganta
  • Alterações na qualidade da saliva e da voz
  • Dor
  • Dificuldades  para engolir
  • Incapacidade de se alimentar

Geralmente os pacientes que desenvolvem esses sintomas, estão mais vulneráveis a serem diagnosticados com depressão, ansiedade e muitas vezes é preciso tratamento com morfina.
Assim que você recebe o diagnóstico de câncer, a primeira coisa a fazer é perguntar ao seu médico sobre o tratamento:
quimioterapia: quantas sessões, que drogas serão utilizadas, tempo de tratamento;
radioterapia: qual área será irradiada, dose total, número de sessões;
cirurgia: cuidados pós operatórios.
É também muito importante que vá ao cirurgião dentista, para que ele possa tratar algum edema na cavidade oral, e assim diminua os riscos de se adquirir.
 REFERÊNCIAS:

Albuquerque, I. L. D. S., & Camargo, T. C. (2007). Prevenção e tratamento da mucosite oral induzida por radioterapia: revisão de literatura. Rev. bras. cancerol, 195-209.

Modificações do corpo

PIERCING-ORAL

16:29

      
 Os piercings intraorais estão em maior frequência nos adolescentes e adultos jovens, com predomínio no gênero feminino. Os locais que mais colocam são: língua, lábios, mucosa jugal (espaço entre a bochecha e os dentes) raramente, a úvula.
        O procedimento para colocar o piercing consta: no local escolhido é perfurado com agulha de lâmina cortante com calibre de 14 a 16 e então a joia escolhida é colocada através da ferida.
        O paciente que faz uso destas jóias, os piercings, deve removê-los e fazer um tratamento, o quanto antes pelo profissional odontológico, juntamente com um tratamento especializado com: antibioticoterapia e o bochecho com clorexidina, para combater a inflamação, se presente.

REFERÊNCIA:

NEVILLE, B. W. et al.  Patologia Oral e Maxilo Facial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

ANGIODEMA

21:30


O angioedema é caracterizado pelo início relativamente súbito de um aumento de volume tecidual macio, indolor, que pode ser único ou múltiplo. Nas formas hereditárias, o ataque inicial tipicamente e notado na infância ou adolescência. São episódios imprevisíveis e mesclados com intervalos sem edema. O aumento de volume recorrente ne pele e a dor abdominal são as apresentações mais frequentes. A face, genitais, tronco e pescoço também podem ser afetados. Voz grave, rouquidão, dispneia (falta de ar), são importantes sinais de advertência. Embora a dor seja pouco usual, o prurido é comum e o eritema pode estar presente.  O aumento de volume tipicamente regride em 24 a 72 horas. Em contrastes com as variantes hereditárias os angioedemas alérgico, adquirido e associado aos IECA demostram envolvimento significativo da cabeça e do pescoço, como a face, lábios, língua, assoalho da boca, faringe e laringe. O risco de angioedema associados aos IECA é significativamente maior em negros (três a quatro vezes mais que em outras raças). As drogas denominadas inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), também são frequentemente associados a essa reação. Estes medicamentos constituem o popular tratamento para hipertensão essencial ou insuficiência cardíaca crônica; os IECA comumente prescritos incluem captopril, enalapril e lisionopril. A reação de hipersensibilidade pode ser devido a drogas, alimentos, cosméticos, medicações tópicas, também de estímulo físico, como calor, frio, exercício, estresse emocional, exposição solar e vibrações significativas.



NEVILLI Brad. [et al.]. Patologia oral & Maxilofacial.3 ed. Rio de Janeiro: Elselvier,2009.

Alterações de desenvolvimento dos dentes

TONSILOLITÍASE

21:00


Cálculos tonsilares são pequenas concreções calcificadas que se formam na cripta das amígdalas palatinas. A calcificação do tecido linfoide tonsilar é algumas vezes vista como um achado acidental nas radiografias panorâmicas, especialmente em pacientes idosos. A tonsilolitíase é uma calcificação distrófica rara na tonsila, que ocorre frequentemente em adultos e não possui predileção por sexo. Geralmente são unilaterais, mas ocasionalmente podem ser bilaterais. A sintomatologia que acompanha tonsilolitos pode ser halitose, disfagia, odinofagia, sensação de corpo estranho e otalgia. Alguns pacientes podem ser assintomáticos, descobrindo incidentalmente por meio de radiográficas panorâmicas. O diagnóstico dessa lesão é feito através de radiografia panorâmica e tomografia computadorizada, sendo essas realizadas muitas vezes por outro motivo. Na radiografia panorâmica os tonsilolitos aparecem como radiopacidades
Únicas ou múltiplas que se sobrepõem à porção média da região do ramo da mandíbula. A tomografia computadorizada nos dá o diagnóstico definitivo através de múltiplos

Cortes axiais, devido a localização exata revelada por este exame. Nenhum tratamento é necessário para a maioria dos tonsilolitos. No entanto grandes calcificações que produzem sintomas como dor, edema e disfagia são removidas cirurgicamente. 

Infecções fúngicas protozoárias e bacterianas.

SARAMPO

20:30


O sarampo é uma enfermidade contagiosa causada por um vírus da família paramixovírus. Que ocorre na maioria das vezes na primavera. Das doenças infecciosas, o sarampo é considerado uma das mais transmissíveis (TOPAZIAN; GOLDBERG; HUPP, 2006; WALTER; FERELLE; ISSÁO, 1996).
A infecção possui três estágios, cada uma dura em torno de 3 dia, no qual serão descritos a seguir:
1-      Esse é caracterizado por coriza (corrimento nasal), tosse (seca e desconfortável), conjuntivite (olhos lacrimejantes e vermelhos) e a febre sempre acompanhada desses sintomas. Nesse estágio já pode-se observar a alteração na boca que chamamos de Manchas de Koplik elas aparecem normalmente na região do último dente antes só siso e nas bochechas, no qual se apresentam na cor azul-acinzentada em várias áreas de eritema (vermelhidão da pele).
2-      No início do segundo estágio a febre ainda é persistente e as manchas já começam a desaparecerem, contudo se inicia uma erupção na pele com áreas avermelhadas e pouco elevada.
3-      Aqui a febre não mais existe e a erupção começa a desaparecer e finalmente acontece a descamação da pele nos lugares referentes as erupções.

O sarampo grave, no início da infância, pode afetar a formação dos dentes de leite (decíduos) resultando em uma alteração na coroa do dente (hipoplasia do esmalte) e em crateras nos dentes permanentes em desenvolvimento. Também pode ser visto um aumento das amígdalas.
  •   REFERÊNCIAS:

 DELL’ORTO, G. (et al.)  Manifestações bucais de doenças infecciosas em crianças - diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: FACS/UNIVALE, 26 p.


NEVILLE, Brad W. Patologia oral & maxilofacial. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. xviii, 798 p, il. Tradução de: Oral & maxillofacial pathology.

Infecções fúngicas protozoárias e bacterianas.

IMPETIGO

23:09


O aparecimento de bolhas flácidas na face e lábios, contendo um liquido purulemto dentro, que se rompem e desenvolvem uma fina crosta castanha; pode ser uma infecção superficial da pele causada por uma bactéria chamada Streptococcus pyogenes. Essa infecção se chama Impetigo, que significa “ataque”, geralmente se adquirindo quando a pessoa já apresenta uma lesão na pele, como cortes e picadas de inseto ou está com a imunidade comprometida. A característica da lesão citada é de um impetigo bolhoso, que é muito comum se apresentar em recém-nascidos e bebês, mas também pode ocorrer em crianças e adultos. Já o aparecimento de pequenas manchas vermelhas que logo depois apresentam uma crosta âmbar espessa, com uma aparência de “flocos de milho”, é um Impetigo não bolhoso.  Esse tipo de lesão pode se apresentar também em outras partes do corpo, como a perna.
Para tratar o impetigo não bolhoso, geralmente se aplica um medicamento tópico na ferida, mas antes de aplicar deve ser removido as crostas da lesão com uma toalha limpa molhada, com água e sabão. Já o tratamento do Impetigo bolhoso é realizado com antibióticos via oral. Se não forem tratadas, as lesões crescem lentamente e vão se espalhando pela face, por isso ao notar essas alterações procure um médico ou cirurgião dentista rapidamente.


Referencia:

NAVILLE, Brad W. (et all). Patologia oral e Maxilofacial. 3.ed. Rio de Jeniro: Elsevier, 2009. 

Maformação dentária

HIPOPLASIA DO ESMALTE

22:51


Já notou alguma ondulação ou estrias horizontais nos dentes? Ou alguma alteração de coloração desde manchas brancas opacas, amareladas, pardas ou até negras?  Se sim, você pode ter Hipoplasia de Esmalte que ocorre por causa de um desenvolvimento incompleto e defeituoso do esmalte provocada por alterações metabólicas nos ameloblastos, que são células que formam o esmalte dentário. Essas alterações podem ocorrer por inúmeros motivos. Se essas modificações dentarias são encontradas tanto nos dentes de leite quanto nos permanentes provável ser de causa genética, ou seja, hereditária. Já se forem encontradas apenas em uma dentição, mas em todos os dentes tem uma grande probabilidade que seja devido a doenças sistêmicas, como por exemplo doenças infecciosas, falta de vitamina A, C e D, doenças exantemáticas (sarampo, varíola, escarlatina, febre exantematosas). Se acometem apenas alguns dentes podem ser por causa de traumas, por ocasião do nascimento, prematuridade, e entre outros fatores. Lembrando que as alterações ocorreram quando os dentes ainda estão sendo formados, então por exemplo se a criança teve varíola com 1 ano de idade, os seus dentes permanentes que estavam sendo formados nesse período podem apresentar alterações hipolasicas.


Se essas alterações estão te incomodando para se alimentar ou somente esteticamente, procure um cirurgião dentista pois existem procedimento estéticos que podem corrigir estas alterações.
Referência:
BENDO, C.B. et al. Hipoplasia dental em dentes permanetes: um acompanhamento de 6 meses. Revista gaucha de odontologia, Porto alegre, v.55, n.1, p. 107- 112, jan/mar, 2007.
NAVILLE, Brad W. (et all). Patologia oral e Maxilofacial. 3.ed. Rio de Jeniro: Elsevier, 2009.

Doenças da polpa - periápice e doenças periodontais

HIPERPLASIA GENGIVAL MEDICAMENTOSA

20:30


Você já ouviu falar em Hiperplasia Gengival Medicamentosa?
A hiperplasia gengival medicamentosa refere-se a um crescimento anormal dos tecidos gengivais devido ao uso de medicamentos, que podem alterar os tecidos periodontais, modificando a resposta inflamatória e imunológica destes, principalmente a gengiva. (Periodonto é nome dado a todos os tecido senvolvidos na fixação do dente ao osso (maxila ou mandíbula) tecidos que apoiam e envolvem o dente.
Apresenta-se de forma variável , podendo cobrir todos os dentes e provocar mobilidades destes, mais evidente nas faces anteriores dos  dentes e nos espaços interdentais.
A gengiva hiperplásica pode cobrir uma porção ou toda a coroa de muitos dentes interferindo na fala e na mastigação . As áreas que não possuem dentes  em geral não são afetadas, porém, pode ser observada significativa hiperplasia sob próteses mal adaptadas.
Com a inflamação, a gengiva afetada torna-se vermelho-escura, com superfície friável, sangra com facilidade com presença de ulceras e nódulos. O crescimento anormal dos tecidos gengivais devido ao uso de medicações sistêmicas, podem induzir alterações nos tecidos periodontais, modificando a resposta inflamatória e imunológica destes. Diversos medicamentos podem levar a esta condição, sendo os anticonvulsivantes, bloqueadores dos canais de cálcio e imunossupressores, os mais comumente associados.
O controle da placa bacteriana está associado à prevenção e à regressão do aumento gengival inflamatório associado.
A hiperplasia gengival medicamentosa é mais comum em pessoas com menos de 25 anos de idade e o maior risco ocorre quando a droga é usada em  jovens, especialmente adolescentes . De uma forma geral, não há predileção por etnias e gêneros, e o seu início varia entre duas semanas a 3 meses ao início da medicação, com severidade máxima entre 12 e 18 meses , Porém a alteração costuma ser mais observada após 3 a 6 meses do uso dos medicamentos.
Além da susceptibilidade individual, predisposição genética, fatores hormonais, características farmacológicas dos medicamentos envolvidos, bem como o tempo de ingestão dessa droga, destaca-se, como principal fator, o acúmulo de biofilme dentário, proveniente de uma higiene bucal deficiente.

Artigo: Aspectos periodontais da hiperplasia gengival modificada por anticonvulsivantes. Periodontal aspects of gingival hyperplasia modified by anticonvulsants 

Infecções virais

HERPES ZÓSTER

20:11


O vírus varicela-zóster (VVZ) é um herpes vírus causador da varicela, que persiste de forma latente no sistema nervoso por toda a vida do indivíduo após a infecção primária. O herpes-zóster (HZ) é uma doença infecciosa relativamente comum provocada pela reativação do VVZ caracterizada por manifestações cutâneas dolorosas. A doença pode evoluir para a cura em poucas semanas ou a dor pode continuar por meses ou anos. O termo neuralgia pós-herpética (NPH) é utilizado para denominar a persistência da dor.
O HZ é causado pela reativação do VVZ nos nervos cranianos e nos gânglios das raízes espinhais dorsais, geralmente deflagrada décadas após a infecção primária de varicela. Quando a imunidade celular específica para VVZ fica comprometida, ocorre a deflagração da doença. A reativação ocorre principalmente em indivíduos imunocomprometidos por outras doenças, como câncer, síndrome da imunodeficiência adquirida, imumossupressão pós-transplante e quimioterapia. Há forte correlação entre a maior incidência de HZ com o aumento da idade, principalmente acima de 55 anos, porque a idade avançada está associada a um declínio na resposta imune mediada pelas células T.
O quadro clínico inicia-se com queimação leve a moderada na pele de um determinado dermátomo, frequentemente acompanhada de febre, calafrios, cefaleia e mal-estar, posteriormente evolui para eritema cutâneo eritematoso maculopapular até um estágio final de crostas.
O padrão anatômico segue uma distribuição periférica nos trajetos dos nervos envolvidos, normalmente é unilateral, circunscrita a um dermátomo; entretanto, pode envolver dois ou mais. Há predominância no tórax e na face. O envolvimento do nervo trigêmeo pode causar alterações na face, na boca, nos olhos ou na língua.
REFERÊNCIA: Rev. dor vol.14 no.3 São Paulo July/Sept. 2013

Infecções fúngicas protozoárias e bacterianas.

GONORRÉIA

20:10

A gonorreia é uma doença venérea produzida pela Neisserie gonorrheae, poucas ocasiões produz lesões extragenitais como da mucosa bucal, devido á autoinoculação ou hábitos do paciente.
É uma doença sexualmente transmissível que tem alcançado proporções epidêmicas em alguns países.
Suas características e o agente causal da gonorreia a Neisserie gonorrheae, é um microrganismo transmitido durante o ato sexual, quando ocorre o contato direto entre as mucosas.
Afeta o trato geniturinário masculino e feminino. Os gonococos apresentam certo tropismo pela mucosa do trato genital, penetram entre as células da mucosa, em direção ao conjuntivo subepitelial, onde estimulam intensa reação inflamatória. No sexo masculino há sensação de ardor e coceira uretra, com presença de corrimento mucopurulento e micção dolorosa.
Nas mulheres, a uretra é o ponto principal da infecção, mas a sintomatologia é menos aguda que a no homem; é nem sempre é diagnosticada com facilidade. Há mulheres que podem portar a bactéria no reto, de forma assintomática por meses.
Manifestações bucais em raras ocasiões ocorrem lesões extragenitais. Apesar de mucosa bucal ser relativamente resistente à infecção pelo N. gonorrhoae, é crescente a incidência da estomatite gonocócica.
A lesão bucal é geralmente resultante da infecção primária, ás vezes pode ser consequência da disseminação sistêmica.
A manifestação clinica bucal é variável. O paciente costuma relatar ardência, que em 24 a 48 horas muda para dor aguda. A saliva torna – se viscosa e diminuída. O hálito pode ser fétido. Os linfonodos submandibulares estão geralmente sensíveis e infartados.
Não há diagnostico clinico especifico para as lesões bucais causadas N. gonorrhoae, pois as lesões variam muito: podem ser vesículas, ulcerações, pústulas, pseudomembranas brancas, amarelas ou acinzentadas. As lesões podem ocorrer na língua, gengiva, mucosa jugal, palato e orofaringe. Nos lábios, podem haver ulcerações com limitação de movimentos.

A artrite gonocócica pode ocorrer como sequela, envolvendo a ATM, especialmente se a lesão primaria for farinfeana.a manifestação clinica é acompanhada por febre. O episódio geralmente é agudo, a ATM torna – se inflamada e dolorida.
Referência
 TOMMASI - Diagnóstico em Patologia Bucal, Maria Helena Martins Tommasi, 4º edição 

Infecções fúngicas protozoárias e bacterianas.

GENGIVITE PLASMOCITÁRIA

20:00

         
 A Gengivite Plasmocitária ou Gengivoestomatite Plasmocitária é uma circunstância incomum que é conhecida pela infiltração de plasmócitos (produz anticorpos circulantes no sangue) nos tecidos orais (principalmente na gengiva) que acontece devido exposição a um fator causal, pode ser por uma substância que provoca reações alérgicas, uma neoplasia (proliferação anormal, autônoma e descontrolada de um determinado tecido do corpo) ou por causas desconhecidas.
 Essa circunstância esteve muito associada com um produto utilizado em gomas de mascar no passado (possivelmente pelo aromatizante). Hoje em dia poucos casos são enumerados, mas crê-se que os alérgenos dessas novas causas de Gengivite Plasmocitária sejam principalmente: Pimenta, aromatizantes, componentes de cremes dentais e a menta. A patogenicidade (capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais) é semelhante a uma reação de hipersensibilidade comum. 

Características clinicas

Essa condição acomete adultos e, ocasionalmente crianças de todas as idades. Geralmente, o paciente com gengivite plasmocitária queixa-se de ardência na boca, na língua ou nos lábios. O início é bastante súbito, e o desconforto pode aumentar ou diminuir. Essa condição não deve ser classificada como síndrome da ardência bucal (sensação de queimação da mucosa bucal, sem que uma causa física possa ser detectada) porque apresenta alterações clínicas bem distintas. A gengiva apresenta uma coloração avermelhada e intensa e, muitas vezes, um aspecto edemaciado (aspecto anormal de liquido), mas sem ulceração; a comissura labial -ponto de união dos lábios no canto da boca apresenta um aspecto avermelhado, com rachaduras e fissuras.

Referência: REGEZI, J. A.; SCIUBBA, J. J.; JORDAN, R. C. K. Patologia oral: correlações clinicopatológicas. Tradução. Rio de Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2012.

Alterações de desenvolvimento dos dentes

CÚSPIDES ACESSÓRIAS

18:51


As cúspides acessórias representam cúspides extras quando comparadas com a anatomia dentária normal. São anomalias que ocorre durante o estágio de morfodiferenciação. É uma anomalia que acontece na forma do dente.
Tem origem multifatorial, que envolve fatores genéticos e ambientais. Caracteriza-se por uma estrutura anômala que se projeta na superfície palatina dos dentes, em geral na área de cíngulo dos incisivos.
A morfologia das cúspides dos dentes exibem variações menores em populações diferentes. Dentre estas variações, algumas merecem discussão:
1. Cúspide de Carabelli (tubérculo de Carabelli ou tubérculo anômalo): é uma cúspide acessória. Localizada na superfície palatina da cúspide mesio-palatina de um primeiro molar superior.
2. Cúspide em garra: é uma cúspide adicional bem delineada, localizada na superfície de um dente anterior e estendendo-se a pelo menos meia distância da junção cemento-esmalte ao bordo incisal

3. Dente evaginado: é uma elevação de esmalte semelhante a uma cúspide, localizada no sulco central ou crista lingual da cúspide vestibular do pré-molar permanente ou molares.
Referência bibliográfica:
NEVILLE, Brad W. Patologia Oral e maxilofacial. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Xviii, 798 p, il. Tradução de: Oral e maxilofacial Pathology. 

Infecções fúngicas protozoárias e bacterianas.

CANDIDÍASE

18:44


É uma infecção fúngica causada por Candida albicans, um microorganismo fúngico do tipo levedura.
A candidíase é de longe a infecção fúngica oral mais comum em humanos, podendo se apresentar de formas diversas, o que, algumas vezes, dificulta o diagnóstico. De fato, a C. albicans pode ser um componente da microflora oral normal, e 30% a 50% das pessoas simplesmente possuem o micro-organismo na cavidade oral, sem evidência clínica de infecção. Tal frequência aumenta com a idade, e a C. albicans pode estar presente na boca de quase 60% dos pacientes com dentes acima de 60 anos, sem sinais de lesões na mucosa oral.
Três fatores podem identificar se existe evidência clínica de infecção:
1.    O estado imunológico do hospedeiro
2.    O ambiente da mucosa oral
3.    A cepa da Candida albicans

Antigamente, a candidíase era considerada apenas uma infecção oportunista, afetando apenas indivíduos debilitados por outra doença. No entanto, os clínicos atualmente reconhecem que a candidíase oral pode se desenvolver em pacientes saudáveis.
A candidíase da mucosa oral pode exibir uma variedade de padrões clínicos, como:
Candidíase pseudomembranosa. Também conhecida como sapinho, a candidíase pseudomembranosa é caracterizada pela presença de placas brancas aderentes na mucosa.
Candidíase eritematosa. Sensação de queimação é acompanhada pela perda difusa das papilas filiformes da superfície dorsal da língua, resultando em aparência vermelha e “careca” da língua.
Atrofia papilar centra. Apresenta-se com uma zona eritematosa bem-demarcada na linha média da região posterior do dorso da língua e costuma ser assintomática.
Candidíase multifocal crônica.  Semelhante a atrofia papilar central. Além do dorso lingual, os sítios que geralmente são envolvidos incluem a junção entre o palato duro e o palato mole e as comissuras labiais.
Quelite angular. O envolvimento das comissuras labiais caracteriza-se por eritema, fissuras e descamação.
Estomatite Protética. Esta condição é caracterizada por uma variedade de graus de eritema, algumas vezes acompanhado por petéquias hemorrágicas, localizadas no palato na área de contato com uma prótese removível.
Candidíase crônica hiperplásica. Placas brancas não removíveis à raspagem localizadas na mucosa jugal anterior.
Candidíase mucocutânea. Candidíase oral grave também pode ser vista como um componente de um grupo de desordens imunológicas relativamente raras. Podem ser vistas placas brancas, às vezes removíveis, e áreas avermelhadas localizadas na língua, mucosa jugal e no palato.

Referência Bibliográfica:

NEVILLE, Brad W. Patologia Oral e maxilofacial. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Xviii, 798 p, il. Tradução de: Oral e maxilofacial Pathology.

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